quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Desfalecida

Desfalecera por dentro. Internamente, cada pedaço de seu corpo havia parado de cumprir suas funções fisiológicas. Não sentia mais seu coração pulsar, não sentia o sangue quente correndo em suas veias. Já não sentia seus pulmões se inflando a cada movimento lento e pesaroso de seu diafragma. Tudo o que sentia era um enorme peso. Um golpe forte como um soco em seu estômago, tirando-lhe o ar repentinamente e deixando-a ofegante no chão. Não importava mais o mundo à sua volta. E, independentemente do tempo que se passasse, ela sabia que nada iria melhorar. A outra nunca voltaria e não haveria mais nada para lhe consolar. Assim, com as mãos trêmulas, ela escrevia em um pedaço de papel sujo: "deixo amor, assim como deixo a vida".

Um comentário:

Mu disse...

Estou preocupado com seus dois últimos posts. Dumal! Muito triste. Tá acontecendo alguma coisa? IUHSAUISHAIUSHSA. Apesar de tudo, você sempre escrevendo bem! Adorei!