terça-feira, 25 de março de 2008

Inversão de papéis

É triste pensar que é tudo o contrário do que eu achava que fosse. Os vilões sempre foram os mocinhos, e os mocinhos, os vilões. Tudo o que diziam brincando era verdade, e tudo o que diziam de verdade, era brincando.
Engraçado como as pessoas são... Sempre se mostram boas, confiáveis, honestas, quando na verdade não passam de um lobo mau disfarçado de vovó. E eu, na minha eterna ingenuidade, acredito sempre em pessoas assim. Tudo porque penso que não há maldade no coração das pessoas, penso que sentimentos são verdadeiros, quando na verdade não há sentimento algum. Mas, ao pensar isso, eu nunca me lembro que a maldade e o egoísmo é da essência do ser humano. Quer dizer, tudo é voltado para o nosso ego. Não existe essa história de Antropocentrismo. É tudo Egocentrismo. Sempre foi assim, as pessoas que nunca perceberam. Me diga, qual argumento que usamos quando dizemos que devemos preservar o meio ambiente. Ou quando dizemos que devemos preservar a água. Tudo é Egocêntrico. Enfim, voltando ao assunto principal, nunca pensei que eu fosse estar errada quando lutei pelo certo. Achei que havia lutado pelo justo, apesar de nunca querer ter me envolvido muito. Hoje sei que tudo não passou de uma tramóia para que todos pensassem que os errados eram justos, corretos, íntegros, tudo o que agora sei é que não são nada disso. Me arrependo de tudo isso, mas me arrependo ainda mais de não ter mudado essas pessoas.

terça-feira, 4 de março de 2008

Vivemos assim?

Como toda boa sociedade de consumo adepta aos padrões capitalistas, consumimos. Não porque nos falta algo, na verdade temos muita coisa, mas consumimos pelo prazer de ter. Se "ter" é mais importante do que "ser" é correto que tenhamos coisas, que eu tenha coisas. Como farei amigos se eu não tiver um vestuário de marca?
É óbvio que meu interior não importa, o que eu penso, o que eu sou, são apenas detalhes banais, supérfluos... Quantos "eus". Será que só eu penso em mim? Quero dizer, eu tenho que ser uma pessoa boa, tenho que ter, e parece que meus pais não ligam muito para isso.
Eu peço um tênis de determinada marca e eles não compram. Argumentam que o tênis que eu tenho há um mês ainda está ótimo. Como assim "ótimo"? A moda muda se eles não sabem! Mas o que me faz sentir mais esquecido é saber que para o meu tênis eles não dão importância só que o "aspirador-que-varre-e-faz-leitinho" já é outra história, tem uns quinhentos produtos desse tipo aqui em casa.
Preferia ter nascido com pais ricos, porque assim eu seria uma pessoa boa. As aparências são mais importantes, logicamente.

Percebem a ironia?