terça-feira, 26 de agosto de 2008

Nenhum coração é uma ilha

O dia dos namorados nunca me pareceu uma data importante. Não quero me fazer de solteirona convicta com essa afirmação, é só que datas comemorativas nunca tiveram um valor significativo na minha vida, ou melhor, eu sempre preferi que não tivesse; principalmente um dia como esse, no qual todos parecem ter seu par romântico perfeito e você se encontra na mais completa solidão.
Quanto à comemoração há sempre como omitir a vontade de ganhar presentes e participar da data, afinal o Dia dos Namorados não passa de mais um dia marcado pelo consumo no nosso calendário. Mas como omitir a vontade de compartilhar o momento com alguém especial? Como evitar sofrimento, em tal data, por um amor não correspondido?
Às vezes o nosso orgulho nos faz exprimir a idéia de que não precisamos de ninguém mais para sermos felizes; deixamos na solidão um rastro de satisfação, uma amostra de convicção na qual o eu já basta.
Porém na realidade se encontram as contradições da mente. É claro que uma vida amorosa "bem-sucedida" reflete nos outros "setores" da vida. Portanto, omitir um verdadeiro sentimento sobre o dia dos namorados seria um erro violento, já que os admiráveis compositores já citaram em suas músicas: "Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho".

(Laboratório de Redação, curso Objetivo; Tema: Dia dos namorados; Juliana Sampaio da Costa)