domingo, 26 de julho de 2009

Decisão (Parte I)

Jamais quisera que momento fatídico como esse chegasse. Mas havia de ser dessa forma, não havia?
Estivera desesperada por um novo começo, talvez uma renovação dos sentimentos ou um motivo para seguir em frente, e tudo que aconteceu foi chegar ao fim.
Para ela o fim não fazia sentido algum. Nunca fizera. Se algo é, de certa forma, tão benéfico é correto que chegue ao fim?
Se há sentimento, se o coração bate, se há intenso desejo, é justo clamar o término?
Após diversos questionamentos descobrira que o benefício e o sentimento não eram suficientes para segurá-la ali. Então, encaminhou-se ao espelho e pensou consigo:
"Eu posso me manter firme. Ainda há amor em mim. Preciso apenas de um motivo para ficar..."
Os motivos estavam ali. Elas se amavam. Acima de qualquer coisa. De forma irrevogável. Imensurável. Intensa...
"Por que a deixar para trás?", ela se perguntava.
Mas nada, nem o amor, podia fazê-la mudar de idéia. Segura demais, era o termo. Segura demais era ela. Sabia que não estava bem.
Foi assim que resolvera tudo. Sabia do amor. Sabia da dor que estava por vir. E sabia, principalmente, que precisava ficar só.

Nenhum comentário: